sexta-feira , 29 agosto 2025

Maranhão troca experiências com Rio Grande do Sul e planeja investir mais em agroindústria

Depois de participar, entre os dias 9 e 11 de setembro, da 44ª edição da Exposição Internacional de Animais, Máquinas, Implementos e Produtos Agropecuários (Expointer), no Rio Grande do Sul, a convite do governador Eduardo Leite, o Governo do Maranhão adquiriu novas experiências e deve implantá-las para fortalecer a agroindústria maranhense. Ainda que muitos setores da economia tenham sido afetados em virtude da pandemia, ocasionada pelo novo coronavírus, o agronegócio surpreendeu em 15 estados brasileiros, de acordo com um levantamento realizado pela MB Associados, empresa que atua na área de análise macroeconômica. Um deles é justamente o Maranhão, que, neste ano, deve ter um crescimento de 3,37% em comparação aos 3,17% estimados para o todo o país.

Fomento ao pequeno e grande produtor

No entanto, um dos principais motivos da ida da comitiva maranhense, liderada pelo vice-governador Carlos Brandão, ao estado sulista, foi conhecer novas tecnologias e modelos de atuação entre a cadeia produtiva, setor financeiro e empresários, a fim de fazer com que a produção do Maranhão alimente a sua própria cadeia produtiva e, assim, faça fluir a economia e os diversos setores que são ativados com essas produções.

“São coisas dessa natureza que a gente está procurando, que a gente possa fazer com que o pequeno produtor pegue o seu produto, industrialize e agregue valor para que ele possa ganhar mais dinheiro. A gente viu aqui vários stands, com grandes produtores, equipamentos modernos, grandes máquinas, enfim, tudo muito moderno. Nós produzimos muita soja e milho, que são exportados, mas precisamos gerar outra cadeia, para que o dinheiro fique na mão do maranhense”, destacou Brandão.

A ideia, portanto, é considerar tanto o pequeno como o grande produtor, e não apenas continuar como uma via de escoamento para a produção de commodities, com intuito de gerar emprego, renda e movimentar a economia local. Para o governador do Rio Grande Sul, Eduardo Leite, é importante entender a forma de atuar de cada administração, de modo que os estados possam agregar experiências. “A despeito das distâncias que nós temos, nos aproximarmos para trocar boas experiências no agronegócio, onde o Rio Grande do Sul é um estado vocacionado, e numa vocação crescente no estado do Maranhão também, onde vai, cada vez mais, se abrindo as fronteiras agrícolas do Maranhão”, avaliou o governador gaúcho.

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Rio Grande do Sul: modelo em agricultura familiar e agroindústrias

O Rio Grande do Sul, por sua vez, tem importantes programas de incentivo à agroindústria e às feiras. São 228 empreendedores, entre eles, 90 são formados apenas por mulheres, que são responsáveis por todo o processo de produção; e 48, apenas por jovens. Para participar de feiras, que são um grande comércio para a agricultura familiar e agroindústrias no estado, é preciso a obtenção de selo, que atesta a qualidade do produto por meio de registro no serviço de inspeção oficial, a fim de emitir relatório de fiscalização comprovando o atendimento às boas práticas agropecuárias e de fabricação.

Um exemplo, como explica o diretor de Departamento de Agroindústria Familiar do Rio Grande do Sul, Flávio Smaniotto, é o Selo Arte, destinado a produtos artesanais. “O Selo Arte é o produto artesanal, com o mínimo possível de uso de maquinários industrializados. Quem tem o Selo Arte ganha um com inspeção municipal e pode vender em todo o país. É superimportante, soja, milho, mas não podemos nos esquecer da agricultura familiar. Então, essa é a nossa saída, pois 70% do alimento que vai para a mesa dos gaúchos são derivados da agricultura familiar e significa 27% do PIB do Rio Grande Sul, por isso essa valorização que o Estado dá para a cadeia das agroindústrias e agricultura familiar”, explicou Smaniotto.

Brandão conhece alguns dos produtos artesanais gaúchos (Foto: Luiz Paula)

Responsável pela pasta da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, a secretária Silvana Covatti destacou a oportunidade de poder contribuir com os pequenos produtores e, consequentemente, com o governo gaúcho. “Estão aqui empreendimentos conduzidos por mulheres, por homens, por jovens, enchendo este espaço das riquezas produzidas lá no campo”, disse Silvana.

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Programas do Governo do Estado

Um grande exportador de commodities, tendo a soja como destaque no cenário nacional, o Maranhão, segundo dados do IBGE, em 2001 deve ter um crescimento de 2,9% em relação à produção do ano anterior no estado. Os números favoráveis são frutos de programas do Governo do Estado, coordenados pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima), como o Mais Produção, Agropolos, Mais Sementes, Mais Irrigação, Agricultura de Baixo Carbono, Mais IDH, Agro+ MA, entre outros.

Além disso, há ações adotadas, por meio da Secretaria de Indústria, Comércio e Energia (Seinc), com intuito de alavancar o agronegócio e o setor pecuarista. Entre os programas, está o Mais Logística e o Mais Avicultura – que já atraiu mais de R$ 80 milhões em investimentos e gerou mais de 4.150 empregos diretos e indiretos.

 

Fonte: (Rádio Educadora do Maranhão / Governo do Maranhão)

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